quinta-feira, 20 de junho de 2013

Comentário da APP à Prova de Português de 17.06.2013

Segundo a Associação dos Professores de Português (APP), "o enunciado da prova de exame do 12.º ano, 1.ª fase, está de acordo com os conteúdos programáticos selecionados pela tutela como objecto de avaliação e que se restringem a apenas um ano de escolaridade: o 12.º.

No I Grupo – A , é apresentado um poema  de Ricardo Reis , com questões que estão relacionadas com a compreensão do texto literário.
A formulação de algumas questões (3 e 4) não apresenta a objetividade que deve existir em provas de exame, o que poderá levar a respostas que remetam para cenários diversos.

A questão B, referente a Alberto Caeiro, é bastante abrangente e leva o examinando a refletir sobre uma das características mais marcantes do poeta.

O Grupo II é constituído por perguntas de resposta fechada – escolha múltipla – que obrigam a uma leitura muito atenta do texto e à perceção da sua globalidade. De referir que a questão 1.7 pode levar a uma resposta que não está de acordo com os critérios de correção. 

O Grupo III é exclusivamente dedicado à avaliação da competência de produção escrita, focando um tema atual e objetivo."

 http://www.publico.pt/sociedade/noticia/comentario-a-prova-de-portugues-do-12%C2%BA-ano-639-1%C2%AA-fase-1597581

terça-feira, 11 de junho de 2013

Novas sobre a greve marcada para dia 17

Colégio arbitral decide não decretar serviços mínimos na greve dos professores. 


De acordo com o acórdão enviado hoje aos sindicatos e ao Ministério da Educação e Ciência (MEC), o colégio arbitral, nomeado para decidir sobre a determinação de serviços mínimos para o dia da greve de professores, entendeu que não há justificação para os fixar.

O colégio considerou que a greve de professores marcada para o dia 17, pese embora coincidente com o 1º dia de exames finais nacionais do ensino secundário, "não afecta de modo grave e irremediável o direito ao ensino na sua vertente de realização dos exames finais nacionais, não se estando por isso perante a violação de uma necessidade social impreterível".

A decisão de decretar serviços mínimos vem no seguimento da entrega do pré-aviso de greve por nove estruturas sindicais para a greve da próxima segunda-feira, dia em que se iniciam os exames nacionais do ensino secundário, com as provas de Português A e B e Latim, estando a sua realização em causa.

No entanto, de acordo com o colégio arbitral, a fundamentação apresentada pelo MEC, que alegava que "por motivos organizativos e de logística" o adiamento das provas tornaria inviável a sua realização, não obteve acolhimento por parte dos decisores.

"Se a instabilidade nos alunos e famílias já existe face ao conflito que há muito opõe o MEC e professores, não se vê que consequências gravosas adviriam de um adiamento dos procedimentos de acesso ao ensino superior e em que medida se põe em causa a organização do ano lectivo seguinte", lê-se na decisão.

O documento lembra que em 2012 o MEC procedeu à prorrogação do prazo de candidatura ao ensino superior, inicialmente previsto para 10 de Agosto, "sem que daí tivesse decorrido qualquer prejuízo assinalável".

O colégio arbitral não encontra impedimentos a que os exames agendados para dia 17 possam ainda ser recalendarizados para uma data dentro da 1ª fase dos exames nacionais do secundário.

"Na verdade, para dia 20 de Junho, está agendada para o período da manhã a prova de Filosofia para alunos do 10º e 11º anos e não do 12º ano como é o caso do Português que poderia ser adiado para esta data, transferindo-se o exame de Filosofia para o período da tarde", sugere.

O colégio arbitral referiu ainda que qualquer perturbação decorrente da greve, as consequências para a organização do ano lectivo seguinte ou instabilidade de alunos e famílias, se enquadram "nos 'normais' transtornos ou incómodos que toda e qualquer greve acarreta" e estas não "justificam a imposição de qualquer limitação ao exercício do direito à greve dos trabalhadores envolvidos".

consultado em 11/06/2013, 20:45 

 Nota:
O colégio arbitral é constituído por um árbitro indicados pelo sindicatos (Álvaro Braga), outro pelo ministério (Paula Barbas) e por um magistrado que preside (Gil Almeida).